quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Bem-vinda filhota!

Depois de muito tempo é preciso escrever novamente. Quando iniciei a ideia do blog, meu desejo era criar algo inédito, embora fosse muita pretensão. No mínimo, procurava fazer alguma coisa que não fosse "batida" ou comum. Mas para que isso fosse possível, era necessário uma motivação que somente o ineditismo das sensações podia conceber. 
 
Ninguém tem duas primeiras vezes, dois primeiros beijos e por assim adiante. Isto explica o hiato entre as publicações aqui no blog.  Tirando algumas particularidades, a gravidez da Martina foi bem parecida com a do Bernardo. Bem mais tranquila. Nada do que se passou com a Karina era novidade até porque ela é praticamente uma máquina de gravidez tamanha a força e resistência a dor. Portanto amigos, não se preocupe se a segunda gravidez não lhe parecer tão mágica quanto a primeira. Isso é perfeitamente normal e você não tem que se culpar acaso pense não estar "curtindo" essa viagem para o mesmo destino, com a mesma empolgação da primeira vez. O que importa de verdade é que você mantenha o mesmo cuidado com o bebê realizando um pré-natal completo e sem atalhos....

Tinha razão quando não me culpava por estar mais "distante" na gestação da M. A certeza que teria muito o que escrever para a minha filha, quando visse o primeiro laço rosa estampado no sua testa estava sempre presente. Dito e feito! Notaram o tamanho do laço da moça? Tenho uma gaveta cheia deles.... 

A gente sabe que a natureza humana é algo fantástico. Entretanto, raros são os momentos em que a gente pode vivenciar isso. Acompanhar a cesariana da Martina foi um desses instantes. Vê-la saindo do corpo, recebendo os primeiros cuidados, respirando o ar pela primeira vez e chorando certamente ficarão para sempre na minha memória. Penso que se todo bebê tem que chorar quando nasce, cabe a nós em vida, lhe dar motivos para sorrir... Quando cheguei no vidro com a pequena, esta foi a cena que vi...

 Na minha contagem, 20 pessoas! Então filhota amada te digo que terás mais motivo para sorrir nessa vida do que para chorar.
 
A Martina é a primeira neta. Depois de 5 homens, alguém nessa família conseguiu fazer uma guria. Ela veio sem programação. Não consigo dizer que foi "um descuido". Prefiro pensar que ela foi o final feliz de uma noite perfeita. Um fim que se reinventa feliz a todo momento, a cada descoberta nova. 
 
Hoje, como manda nossa tradição, furamos suas orelhas para colocar os brincos. E no exato momento em que a médica lhe atravessou o ouro, ela não chorou. A pequena abriu os olhos e me encarou apertando toda sua mão no meu dedo. "Calma filhota, tá tudo bem. Já vai passar. O pai esta aqui". Foi o que lhe disse. E pensando sobre isso, não consigo concluir quem estava segurando a mão de quem.

Das poucas coisas que aprendi nessa vida, como diria William Shakespeare é que não posso exigir amor. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e esperar que a vida faça o resto, pacientemente.

Te esperei nove meses filha e continuarei a esperar com amor sempre! Seja bem-vinda!