sexta-feira, 29 de junho de 2012

Um dia na Pediatra.

Buenas, já que me propus a entrar de cabeça nessa história toda de ser um pai participativo e tudo mais, fui encarregado de levar o Bernardo na pediatra. Até então tudo bem, nada complicado correto? Errado, deu tudo errado.

Normalmente a coisa funciona assim: a Karina deixa tudo pronto, roupa, comida, bico, mamadeira e etc. Quando ela sai para trabalhar, só tenho que ir encaixando as peças. Ocorre que a pediatra era novidade, não fazia parte da rotina. Na minha cabeça era só pegar o filho e ir. Nenhuma outra instrução me foi passada! Foi exatamente o que fiz...

Chegando no consultório, havia duas mães, uma babá e três crianças no local. Tudo tranquilo até então. Estava me achando o máximo. Afinal, único pai presente, todo orgulhoso, escritor de um blog sobre a gravidez e tal. Porém, chegaram mais de 17 mães no consultório e eu acabei me  tornando a única espécime masculina no recinto. A partir de então, eu já comecei a desconfiar da minha boa-vontade de levar o filho no médico. Pôxa, será que só eu faço isso? Será que não é função única e exclusiva da mãe essas empreitadas?
Papo vai, papo vem, todo mundo feliz contando as alegrias e as dores dos filhos. Pelo que pude perceber, não existe pai que esteja 100% certo nunca! Como gostam de falar mal da minha categoria... Ou é porque não acordam de madrugada, ou porque não sabem trocar, ou arrumar, ou qualquer outra coisa que simplesmente não seja o jeito delas de fazer, não importa. Nós estamos sempre errados!

Mas enfim, em que pese minha vontade de falar umas verdades, numericamente eu estava em desvantagem. A preservação da vida falou mais alto. Mas o melhor estava por vir... O Bernardo é uma criança muito sossegada e simpática. Basta um "oi" mais meloso e ele abre o sorriso. A certa altura, no meio das suas risadas, ele começou a mudar o semblante. Era como se estivesse fazendo força, muita força. Eu, que já tinha visto essa expressão em outras ocasiões, sabia o que isso significava... Bom amigos, sabe quando você fica uns três dias sem ir aos pés? Pois esse acúmulo todo resolveu vim à tona... E veio, veio, VEIO!!! Senhores eu juro: tinha cocô até na nuca dele!
Eu fiquei em estado catatônico. Primeiro porque o cheiro tomou conta do ambiente todo. E eu, ao invés de assumir a autoria do filho que havia feito aquilo, tentei manter a elegância. Só que cada vez que uma mãe vinha em direção à ele eu entrava em pânico! Vai que a desgraçada resolvesse pegar ele no colo?? O que eu ia dizer??? Na dúvida eu pegava ele no colo e dizia: ele tá com soninho!!! Só que nisso, eu espalhava mais a coisa pelo resto do corpo...

Segundo, porque eu tinha esquecido toda a mala dele no carro! Não tinha uma fralda para trocar ele e sequer outra roupa! Pessoal, eu acho que nunca na minha vida fiquei tão nervoso! A situação era tão esdrúxula, tão inimaginável que eu suava frio! Foram os minutos mais longos por mim vividos.

Quando a Dra. abriu a porta e nos chamou, juro, eu era o cara mais feliz do mundo. Parecia que tinha visto a bandeira americana anunciando o fim da guerra! Eu me joguei nos pés dela e ofereci o Bernardo tal como o servo egípcio oferece presente aos Deuses.

Bom, na medida em que a Dra., foi trocando o filho, fui me acalmando. Consegui guardar algumas informações importantes sobre a consulta e no final o prejuízo foi de um body que tivemos que botar fora. Parando para pensar agora sobre tudo, dou risada. Mas não foi nada engraçado na hora. Enfim, o que vale foi a lição: NUNCA LEVE SEU FILHO AO PEDIATRA! ahahahah Brincadeira pessoal. Cada dia que passa é uma lição nova. Aprendi que organizar as coisas antes de fazer qualquer programação é fundamental para o sucesso da empreitada!

Vou ficando por aqui!!

Super Beijo, Paizão!